Inglês 3, Ai gaby só quem viveu sabe

Eis que chegamos a mais um fim de semestre e com ele algumas novidades sobre as aulas a serem abordadas nesse blog, que foi criado com o objetivo de tecer comentários e analises das minhas aulas ao longo do semestre e pontuar questões importantes que serão valiosas para minha vida acadêmica e profissional. Aqui no meu quarto começo o primeiro post de 2019 e tinha que ser com a disciplina que foi amada pela minha turma e a melhor do semestre também, mas bem...no início não a víamos dessa forma rsrs vou esclarecer melhor o porquê ao longo desse texto.

Quando a professora Eliene entrou em sala e se apresentou pela primeira vez, a primeira impressão que tiramos dela foi que a disciplina seria mais fácil que as anteriores, justamente por ser bem jovem e professora substituta.. O julgamento foi com base nisso pois pensamos que por ter essas características, ela seria bem tímida ou que pegaria leve com a turma, mas foi bem ai que nos enganamos. A diferença dos outros semestres para esse é que inglês 1, por exemplo, foi muito leve e inglês 2 apesar de ter sido melhor que o 1 não exigiu de nós tanto quanto inglês 3, tudo graças a professora Eliene rs. A cada aula, ela exigia trabalhos para entregarmos em outro dia com prazos super curtos e de certa forma deixava a turma se desdobrando para entregá-los a tempo, além de ter em toda aula uma atividade diferente cheia dos improvisos, isso que deixava a gente com uma pulguinha na orelha, e que exigia uma atenção e desenvoltura grande de cada um de nós da turma, E como essas atividades eram para lá de interessantes, irei fazer uma comparação delas com as estratégias de aprendizagem de Oxford (1990).

Numa das atividade ela utilizou muito bem a estratégia direta de aprendizagem: a estratégia cognitiva. Nessa, ela nos pegou literalmente de surpresa, tínhamos que improvisar uma situação em que falaríamos em inglês baseando-se em 3 imagens diferentes que eram escolhidas aleatoriamente num intervalo de 1 minuto. Isso me lembrou muito um programa famoso de improviso da MTV chamado "quinta categoria".

Gente, sério! essa atividade deixou todos nervosos e com um pouco de medo, pois além de ter que improvisar utilizando inglês, tínhamos que levar em conta que era uma atividade avaliativa, a nossa oral test, então a tensão foi grande. A nossa cognição foi as alturas nesse dia, pois a produção da língua inglesa estava a todo momento pulando da nossa cabeça, ora acertávamos tudo, ora errávamos alguma pronuncia ou gramática. Mas tudo isso foi muito válido, porque todos estávamos nos esforçando a produzir enunciados em inglês de forma rápida, improvisada e um tanto engraçada. Essa estratégia direta de aprendizagem é a que, na minha opinião, exige mais do aprendiz, pois produzir novas informações sobre a língua inglesa através da compreensão da mesma não é uma tarefa fácil se levarmos o improviso em conta.

Outra atividade que vou destacar aqui foi a do mini teatro que fizemos em sala. Nessa, duas estratégias foram utilizadas em sala, mais uma vez a estratégia cognitiva e agora acompanhada da estratégia social. Essa foi de longe a melhor atividade que fizemos em sala até agora, já que o lado teatral de cada um da sala foi muito bem explorado e/ou descoberto. A atividade consistia em fazer uma paródia do programa de televisão chamado: Casos de família. Dividida em grupos, a turma deveria trazer um caso aleatório e apresentar para a turma. O caso deveria ter obrigatoriamente: Um apresentador e um psicologo, os outros personagens seriam opções do grupo. Tivemos assim 3 apresentações e posso dizer que todas foram muito bem trabalhadas e de quebra muito humoradas, eu digo isso pois o meu amigo Matheus teve a ideia de convidar a turma de calouros para nos assistir, a professora Eliene consentiu, bem como a professora deles também, e assim foi feito. Resultado, todos se divertiram bastante. Os temas foram bem variados, o 1° grupo (o meu) falou sobre a aceitação de um travesti na família, o 2° grupo falou sobre ciumes no namoro e o 3° grupo, sobre vícios alcoólicos. Só o meme "ai gaby só quem viveu sabe" resume muito bem esse dia.

Nessa atividade a estratégia cognitiva teve sua colaboração, mas a que mais teve destaque foi a social, uma das estratégias indiretas da aprendizagem de Oxford (1990), pois ela trata da interação do aprendiz com outros indivíduos, sejam eles também aprendizes como os falantes nativos. No nosso caso, a interação foi com os aprendizes: os colegas de sala, além dos calouros, e isso foi ainda mais gratificante, pois pudemos interagir com os iniciantes do curso e mostrar para eles que aprender inglês pode ser divertido, lúdico e prático, fugir do comum e do que é monótono, além de poder inspira-los a não ter medo de se arriscar em algo novo e diferente como o teatro. No final, tivemos um feedback deles e isso tornou o aprendizado muito maior do que já estava sendo.

É importante mencionar que essa disciplina teve diversas atividades boas e com embasamentos teóricos, mas esse post ficaria maior do que já está, então comentei somente sobre as duas melhores na minha opinião.

Levando-se em consideração tudo o que fizemos em sala, a gente pode perceber o quanto essa disciplina foi essencial para nosso histórico acadêmico, ou melhor, as atividades da professora Eliene, pois ela soube muito bem explorar algumas capacidades que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos através dessas atividades. Engraçado que só pudemos perceber isso quando o semestre acabou pois fizemos uma auto-avaliação no final do semestre e analisamos todos os feitos que tínhamos produzido e o saldo foi positivo, coisa que não conseguíamos enxergar durante os semestre pois estávamos estressados demais para tentar analisar algo. De quebra, na ultima aula, tivemos a famosa troca de presentes e algumas comidinhas, além de quebrarmos protocolos e dançarmos fitdance, até a professora arriscou um oops I did it again. Foi tudo muito bom e memorável e certamente todos nós levaremos um aprendizado dessas aulas para vida.

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